a história de João Requizado, o único cangaceiro solitário da história, que lutou sozinho, por mais de seis anos contra as forças do Estado . Desejamos uma boa leitura.
Mais uma destas histórias
Que só existem no sertão
Que mostram a resistência
A injustiça e opressão
Pois o povo sertanejo
Só morre de arma na mão.
Este fato ocorreu
Como muitos no nordeste
O povo sempre oprimido
Pela sede, fome e peste.
Na competição da vida
O sertanejo leva o teste
Na Serra da Cravada
Na Chapada Diamantina
Nasceu João Requizado
Filho de Dona Vitalina
Com Seu Emídio Fortunato
Tava escrita sua sina
Tinha também quatro irmãos
Unidos sem desengano
Eram eles: Canuto, Ciro,
Pedro e Feliciano.
Mas eram suas três irmãs
O ciúme deste mano
Eram Jovita, Jovelina,
E a doce Maria Isabel.
Viviam a vida pacata
Em seu pedacinho de céu
Nas lavras diamantinas
Cumprindo remido papel
Jovita e Maria Isabel
Casaram com dois garimpeiros
Que viviam na penúria
Por que não tinham dinheiro
Pois a escassez de diamantes
Assolava o garimpo inteiro
No dia doze de Abril
Do ano de trinta e três
Jovita e seu marido
Desentenderam-se de uma vez
Até bater nela ele bateu
Arrepara o que ela fez
Saiu correndo para a Estiva
E queixou-se ao seu irmão
Tava agora anunciada
Princípio de revolução
Requizado pegou ar
E foi de ódio com razão
Apôis João Requizado
Só deixou passar um dia
A sexta-feira Santa
Dia de fé e alegria
Mas no sábado de Aleluia
Foi resolver a arrelia
No caminho prá Estiva
Já pertinho de Mosquito
Requizado encontrou
Num azar mei esquisito
O cunhado Rogaciano
E começou o alarido
O bravo João Requizado
Partiu pro covarde cunhado
Aplicou-lhe uma surra
Do jeito que tá mandado
O cabra ruim ficou mole
Ferido e desacordado
Ficou sabendo que o mesmo
Fazia o marido de Isabel
Que ele também agredia
A esposa de modo cruel
Resolveu fazer visita
Pra acabar com o escarcéu
Foi à casa da outra irmã
E o outro covarde encontrou
Altino Ferreira da Silva
Com quem Isabel se casou
Estava com febre palustre
Mas isso não adiantou
João Requizado quebrou
O outro cunhado no pau
Deixou feio e ensangüentado
O corpo daquele animal
Fraturou o braço esquerdo
Deixando a cena fatal
Altino depois de uns dias
Foi dar queixa de João
Na cidade de Lençóis
Buscando por solução
A pior tava por vir
E virar perseguição
Pois duas semanas depois
Altino Ferreira morreu
Morreu de febre palustre
E da surra que João deu
Começava a história dum cabra
Que o povo não esqueceu
Requizado ficou tranqüilo
Apôis foi caso de família
Como bateram em sua irmã
Podia ser sua filha
Qualquer pessoa com honra
Ficaria uma pilha
Porém num dia de sábado
Dois soldados bem armado
Matias e João dos Santos
Eram os nomes dos “macaco”
Tentaram efetuar a prisão
Do nosso João Requizado
Quando deram voz de prisão
Com as armas apontadas
Requizado deu meia volta
E saiu a galopadas
Montado em bom cavalo
Pelo meio das descargas
Quinze dias depois
Os mesmos soldados de outrora
Tentaram de novo prender
Requizado onde ele mora
Mas esta nova tentativa
Também entraria para a história
É que nosso João Requizad0Escapou da refrega de novo
Por um campo de futebol
Segundo nos conta o povo
Debaixo de bala de fuzil
Subindo e descendo morro
Em dezenove de setembro
Do ano de trinta e um
Nomeado interventor
Sob o canto do anum
O Juraci Magalhães
Sem escrúpulo nenhum
Mandou tenente Zacarias
às lavras diamantina
Pra ser novo delegado
Promover carnificina
Zacarias Justino dos Santos,
Requizado... Sua sina
Mandou prender Requizado
Lá na vila da Estiva
Deu ordem ao subdelegado
João Pereira da Silva
Chamado “João da Dominga”
Homem bom de voz ativa
Mas só que João da Dominga
Era amigo de João Requizado
Por isso seria difícil
Realmente complicado
Cumprir a prisão do amigo
Por ordem do delegado
Assim, para não cumprir,
A ordem do Zacarias
Passou para seu suplente
Aquela ordem do dia
O Alfredo Ataíde
Pois cumprir ele podia
Assim João da Dominga
Agiu como leal irmão
Avisou João Requizado
Do plano em execução
Requizado preocupado
Foi atrás de proteção
Foi à fazenda Ouro Preto
Perto de Bom Prazer
No município de Wagner
Comprar algo prá não morrer
Com Adolfo Madureira
Comprou uma arma prá valer
Era uma bela escopeta
Destas de repetição
Aquela com certeza
Era boa proteção
Aliada a seu revolver
E a muita munição
Alfredo Ataíde sabendo
Da compra de Requizado
Armou emboscada na estrada
Com quatro soldado armado
De fuzil com munição
Os soldado entrincheirado
Requizado retornando
Bem armado e a sós
Deparou-se com os homi
E entrincheirou-se logo após
Tiroteio foi cerrado
Recuaram pra Lençóis
Após nosso Requizado
Ter dado carreira nos homi
O Tenente Zacarias
Queria pegá-lo com fome
Sua honra tava em jogo
Sua carreira e seu nome
Armou uma nova volante
Composta de dezoito soldado,
Ordenou à essa volante
Que fossem no meio do mato
Para a Serre da Cravada
Prá prender o Requizado
Ao voltar, João do garimpo,
Com o revólver na cintura
Escopeta à tiracolo
Pelo meio das Daturas
Recebeu foi a descarga
De póiva e bala pura
Como uma jaguatirica
Requizado pulou prá trás
Pegou a sua escopeta
E atirou de forma voraz
Botou prá correr os dezoito
Soldados nos carrascais
Requizado tinha agora
Sua fama alardeada
Botou dezoito soldados
Prá correr em debandada
E a fama de um só homem
Tava então iniciada
O fulo tenente Zacarias
Mudou de tática prá ver
Mandou apenas dois soldados
Para alarde não fazer
A ordem ainda era a mesma
João Requizado prender
Perto da feira da Estiva
Requizado um doce comia
Na porta de uma amiga
Do jeito que sempre fazia
Percebeu de longe os soldados
E pensou no que faria
Mais rápido que raposa azeda
Requizado avisou a companheira
Que entrou correndo em casa
Vendo o ronco das bala certeira
Requizado não só escapou
Como de novo deu carreira
Matutou João RequizadoQue a coisa estava sem jeito
Foi-se para Iraporanga
Garimpar naquele leito
Lá nas bandas de Iraquara
Mostraria mais um feito
Um dia teve uma festa
Lá mesmo em Iraporanga
O Tenente Zacarias
Mandou tropa de capanga
Volante de oito soldados
Que eram o cão chupando manga.
O porteiro da tal festa
Amigo de Requizado
Avisou-lhe quando viu
O batalhão adiantado
Arrepara o que é que fez
Nosso cangaceiro ousado
Quando a tropa adentrouA festa grande e feliz
Requizado aproveitou
A falta de diretriz
Adiantou-se à tropa
Trocando palavras gentis
como a tropa não conhecia
O rosto do meliante
Requizado escapou
Daquela tropa num instante
Trocando amabilidades
Com a tropa de infantes
Quando o pobre comandante
Daquela tropa vergonhosa
Perguntou por Requizado
Ao porteiro da palhoça
Ele disse: Foi com ele
Que tu teve aquela prosa!
O tempo foi passando
E no ano de trinta e seis
Chegou o Cabo Penalva
Para resolver de uma vez
Com doze praças armados
Olha só o que ele fez
Deu uma espingarda de caça
Ao garimpeiro Carolino
Pernoitaram em sua casa
Fingindo que tavam dormindo
Pertinho da velha casa
Do Requizado traquino
Cercaram a casa dele
Logo na neblina do dia
Bem às cinco da matina
Na porta do homem batia
Requizado abriu a porta
E a bala no centro comia!
Requizado recuou
Pra dentro de sua casa
Ergueu sua escopeta
E foi respondendo a bala
Mostrando que sertanejo
Acuado é cobra braba!
Não só respondeu à bala
Como foi bem mais ousado
Escapou daquele cerco
Pelo meio dos soldado
Tirando onda com os homi
No meio do fogo cruzado
Prá proteger as crianças
E os moradores do lugar
Correu pro final da rua
Para a tropa aguardar
Uma escopeta e um revólver
E muita bala pra gastar
Novamente entrincheirado
Bem e com boa proteção
Houve novo tiroteio
Lá naquela região
Fingindo ter companheiros
Mudando de posição
Os soldados assustados
Com bala pra todo lado
Fugiram pela estrada
Correndo apavorado
Requizado tomou atalho
E chegou adiantado
Os soldados então chegaram
A uma bifurcação na estrada
Ficaram ali em dúvida
Pra onde a Estiva estava
Mas para surpresa geral
Uma voz foi escutada
“O caminho é o de lá!”
Gritou João Requizado
Descarregando a escopeta
Bem em cima dos soldado
Foi tamanho escarcéu
Que eles fugiram pro mato
Terminado o tiroteio
Requizado sumiu novamente
Os soldados então seguiram
Seu caminho lentamente
Mas depois de alguns quilômetros
Outro tiro derrepente
Houve novo tiroteio
Ali na garganta da serra
De meio em meio quilometro
Requizado fazia uma guerra
Apôis muito conhecia
Aquela sua amada terra
O advento do Estado Novo
Feito por Getúlio Vargas
Em novembro de trinta e sete
O país se modificava
Sobretudo na Bahia
Governador renunciava
Tomou posse o comandante
Da sexta região
Antônio Fernandes Dantas
Coronel por profissão
Desafeto de Zacarias
Delegado por missão
Zacarias delegado
Transtornado pra valer
Largou o posto que tinha
Lutado pra obter
E foi para a capital
Sua vida resolver
O Tenente Zacarias
Foi logo substituído
O Capitão João Coelho
Homem forte decidido
Tentou de forma amigável
Ajeitar o acontecido
Mandou dois mensageiros
Antônio e Esmeraldo Sena
Dizerem que tudo aquilo
Era por coisa pequena
Que se de pronto se entregasse
Diminuía a sua pena
Requizado afirmou
Que faria o aconselhado
Porém não confiou
Em palavra de fardado
Pros garimpos de Paus Moles
Fugiu pra não ser algemado
Nos garimpos de Paus Moles
Na Chapada Velha bonita
Esperava ter sossego
E harmonia em sua vida
Mas era mesmo sua sina
Ter a vida perseguida
Capitão João Coelho
Mandou então a volante
Prás bandas da Chapada Velha
Procurar o meliante
Quarenta homens armados
Pra pegá-lo adiante
Prendeu Claudionor de Queirós
Amigo de João Requizado
Homem sabido e veloz
Foi logo tomado de guia
Para objetivo atroz
Requizado ficou sabendo
E foi à vila assistir
Na frente de uma casa
Já não se agüentando de rir
A tropa passava por ele
Sem mesmo o distinguir
Fingiu então que nada via
Porém o soldado Palmíro
O rosto de João conhecia
Chamou a atenção da tropa
Mostrando a ousadia
Os soldados insultados
Com a ousadia do rapaz
Correram prá cima dele
Com ódio de força procaz
Com armas engatilhadas
Para o cangaceiro audaz
Requizado adentrou
Uma cabana acabada
Os soldados dispararam
Uma chuva e meia de bala
Requizado com o revólver
Respondia à presepada
Ouve então nova batalha
De um só homem com um revólver
Contra quarenta canalha
Portando potentes fuzis
E as armas de metralha
Saiu novamente vencedor
Como num pacto com o capeta
A noitinha inda voltou
Pra pegar a escopeta
Pra continuar na briga
Bala á bala, treta á treta.
Outro milico orgulhoso
Chegou à Estiva arrogante
Disposto a pegar Requizado
Levava seu plano adiante
O nome do pobre infeliz
Era Cabo Cavalcante
De objetivo ardoroso
Foram à Serra da Cravada
E dormiram em Seu Cardoso
Um velho que morava em frente
Do cangaceiro valoroso
Quando o dia já raiava
Requizado tomava café
Pelo buraco da fechadura
Viu os homens de má fé
E o Cabo à sua porta
Pronto a dar o pontapé
Requizado pegou ligeiro
A escopeta de repetição
Quando o Cabo abriu a porta
Ouviu-se a explosão
O tiro de Requizado
Pegou o Cabo de raspão
O Cabo apavorado
Ordenou a sua tropa
Que corressem atrás dele
Vasculhando toda toca
Quem se deparar com ele
Mira o cano e pipoca
O combate desta vez
Foi até o meio dia
Se bem que até a noite
Tiroteio se ouvia
A história tava crescendo
E transformando em magia
Requizado saiu ferido
Neste ultimo combate
Na fazenda de um amigo
Camarada e compadre
Cuidou e restabeleceu
A saúde à vontade
Voltou algum tempo depois
A ir à feira da Estiva
Nem por isso deu problema
Pois não arranjava briga
O povo o respeitava
Como herói de força viva
Porém em doze de janeiro
De mil novecentos e quarenta
Tenente Cordeiro de Matos
Chegava com fome sedenta
De pegar o Requizado
E acabar com aquela lenda
No dia seguinte, de pronto
Sabia ser dia de feira
Foi junto ao Cabo Crispím
Também o Sargento Bandeira
E o investigador Menezes
Pra fazer a bagaceira
Ao nosso João Requizado
Tirou-lhe o revólver da cinta
O deixando desarmado
Seguraram o cangaceiro
E de pronto o algemaram
Requizado desarmado
Relaxou a comitiva
Tiraram-lhe as algemas
Pra não provocar ferida
Foram escoltando ele
Para a vila de Parnaíba
O povo a ver os fatos
Requizado aproveitou
Desatenção dos soldados
Viu que a arma que tinha
Era o seu par de sapatos
Bateu com os sapatos no rosto
Dos soldados ao seu lado
Fugiu correndo dos homi
Que eram despreparados
Escapou mais uma vez
Do cerco dos soldados
Seus fuzis numa rajada
Acertaram-lhe o ombro
Quando longe já estava
Dentro dum canavial
Sumiu sem deixar pegada
No dia seguinte ele foi
Em busca de Albertino
Albertino Alves de Souza
Farmacêutico muito fino
Que cuidava de mulher,
Cangaceiro e menino
Só que a bala extraída
Logo infeccionou
Foi à cidade de Wagner
Procurar outro doutor
O médico Américo Chagas
Que a chaga lhe curou
Deu proteção ao paciente
Pois viu que João Requizado
Naquele caso era inocente
Proteger as suas irmãs
Era mesmo coerente
Alguns dias depois
Chegou Ciro, seu irmão.
Trazendo-lhe um fuzil
E duzentas balas num sacão
Mas foi meio imprudente
Deixando rastro no chão
Chegava com seus soldados
Num domingo às doze horas
Pra prender o Requizado
Cercou a casa do médico
Mas chegava atrasado
O valente Requizado
Foi pra Serra da Cravada
Com fuzil e munição
Lá por dentro da Chapada
Esperar pelos soldados
Prá mais uma presepada
O Médico então algemou
O intimou a trazê-lo
De volta pra onde o curou
Era agora responsável
Pela entrega de quem ajudou
Naquela mesma tarde
Na companhia de um amigo
Foi a Serra da Cravada
Em busca do foragido
Uma forte tempestade
Aumentava o perigo
Américo o encontrou
Contou-lhe o ocorrido
Requizado se espantou
Mas pelo bem de seu amigo
Requizado concordou
Saíram lá da Cravada
Com destino a Salvador
Prá se entregar aos homi
E safar seu protetor
Acabar com aquela história
E mostrar o seu valor
Da polícia na estrada
Requizado e seu amigo
Prosseguiam a jornada
Requizado pressentia
Que sua hora era chegada
Atravessaram a rodovia
De Lençóis a Estiva
Chegaram à Pedras de Chapéu
Sem, no entanto terem briga.
Chegaram à Lagedinho
Cortando mato e urtiga
Ao meio dia atravessaram
A ponte sobre o rio Utinga
Foram à fazenda Uruguaiana
Pelo meio da caatinga
Prá descansar os cavalos
Em meio à cassutinga
Trocar os cavalos cansados
Depois foram a Paraíso
Pois estavam fatigados
Iam descansar um pouco
E voltar ao combinado
Seguiram prá Rui Barbosa
Prá de ônibus ir além
Mais adiante, em Itaíba;
Iam, pois pegar o trem.
Pra chegara a Salvador
E da lei virar refém
Durante a cavalgada
De Itaíba a Rui Barbosa
A capanga de balas furou
Uma má sorte perigosa
De duzentas, sessenta e uma,
Sobraram pra dupla honrosa
Chegaram a Salvador
Ficaram na Pensão Glória
Rua do Bispo, sim senhor.
Todavia prá despistar
De pousada se mudou
Foram pro Hotel Maia
Lá no bairro da Calçada
O médico foi à polícia
Tentar ajeitar a parada
Ouviu foi muita pilheria
Humilhação e algazarra
Então Requizado foi preso
Na cadeia da capital
Depois foi enviado
À sua terra natal
Na cadeia de Lençóis
O seu ponto inicial
O rábula Olímpio Barbosa
Bem que tentou defender
Mas quanto àquela prisão
Não havia o que fazer
A partir deste momento
Sol quadrado vai nascer
Seis anos, a pena
Que o requizado conseguiu
Na hora do depoimento
Seus feitos ele assumiu
Na madrugada seguinte
João Requizado fugiu
Voltou então novamente
à sua Serra da Cravada
Passou foi mais de dois meses
Caindo sempre na risada
Combatendo bem, sozinho,
Dezenas de volantes armadas
Depois de mais outras tantas
Foi-se atrás de ares limpos
Foi-se prá Chapada Velha
Na labuta do garimpo
Mas sempre com um pé atrás
Como era seu instinto
Todo o seu treinamento
De guerrilha na caatinga
É comum ao sertanejo
Ter toda aquela mandinga
Usada pra caçar Peba
No meio das cassutinga
Requizado proseava
No garimpo Solidão
Numa noite muito escura
Num boteco pé no chão
Essa noite era selada
O fim da perseguição
O Investigador Eliseu
Chegou com soldados armado
Perguntou então a João
Se ele era o Requizado
Pois se fosse tava preso
E se fugisse acabado.
Requizado num pinote
Com uma capa colonial
Apagou o candeeiro
Que iluminava o local
E tentou fugir dos homi
Na escuridão total
Mas o investigador
No meio do bagaceiro
Disparou seus dois revólveres
Nas costas do cangaceiro
Que tombava desta vez
Sem revidar ao tiroteio
Naquela noite tristonha
O mesmo investigador
Obrigou o povo local
A carregar com muita dor
O corpo de Requizado
Cangaceiro de valor
Lá em Barra do Mendes
Requizado foi sepultado
Figura lendária do povo
Que sempre será lembrado
Brigou por mais de um lustro
Contra as forças do estado
Se isso vira moda
Meus caros companheiros
A lei se regionaliza
Prá alegria dos catingueiros
E os homi tremem na base
A volta dos bons cangaceiros
FIM
A iniciativa é ótima, porém creio que colocar o texto em arquivo para download seria mais eficiente para divulgação.Outra coisa,faltou informações sobre o autor da obra.
ResponderExcluirOlá Companheiros! agradeço muito terem postado minha obra...que pena que não tá divididinha por estrofes..é menos cansativo...
ResponderExcluirmeu Blog é:
Versosdoluar.blogstpot.com
cordial abraço!