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sábado, 10 de julho de 2010

Bastidores dos Bastidores

Confira através de fotos, momentos do programa nos Bastidores do Festival levado ao ar neste sábado pela Rádio FM Sete Colinas.

Pau Pombo terá programação alternativa


Aproveitando a falha da Fundarpe em não programar nenhuma atividade no Pau Pombo no primeiro final de semana do FIG, a agência de publicidade Vox Multimídia do Poeta Ronaldo César, mexeu os pauzinhos e irá realizar uma programação alternativa para que o grande público simpatizante da música instrumental não fique sem opção. A mesma vai acontecer na sexta dia 16 e no Sábado dia 17 no espaço do tradicional Bambu Bar. De parabéns Ronaldo Cesar que recebeu de imediato o apoio de importantes setores comerciais da cidade. O público agradece e certamente irá lotar o Pau Pombo para apoiar esse esforço concetrado . Confira a programação:




PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira, dia 16
18h - The Bluz (Caruaru)
19h - Quinto Duo Brasil (Garanhuns)

Sábado, dia 17
18h - Samba 3 (Garanhuns)
19h - Dom Ângelo Jazz Combo (Recife)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

No escurinho do Cinema.


Finalmente chegou a hora de conferir o último filme do Ogro mais amado do mundo, Shrek, que agora é um pai de família domesticado, que ao invés de assustar aldeões como fazia, ele relutantemente dá autógrafos em forcados. O que houve com seu rugido? Saudoso dos dias em que se sentia um ogro de verdade, Shrek assina um pacto com o duende Rumplestiltskin e subitamente se vê em uma versão alternativa do reino de Muito Muito Distante onde Shrek nunca existiu. Nessa versão, ogros são caçados e Rumplestiltskin é rei, entre outras confusões. O filme está em exibição no Cine Eldorado em diversos horários, é só escolher sua sessão e se divertir um montão.

Orlando Moraes planeja edição de disco com africanos


Sem lançar disco desde 2005, ano em que gravou Tempo Bom, Orlando Morais articula o seu retorno ao mercado fonográfico. O cantor pretende negociar logo o lançamento no Brasil de um projeto inédito gravado com a participação de artistas africanos. Mas, antes, Orlando - que ainda guarda inédito um álbum duplo gravado com músicos da banda de Sting - lança pela MZA Music (em parceria com o Canal Brasil) o registro ao vivo do show Sete Vidas, inspirado no CD homônimo de 1999.

Fundarpe divulga programação de Cortejos, Palco Castainho, Artes Plásticas, Literatura e Moda


A 20ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece de 15 a 24 de julho, terá mais de 300 atrações culturais. Além dos palcos Guadalajara, Pop, Forró, Cultura Popular, Pau Pombo, e dos polos de música erudita, cinema, teatro, circo e dança, o Festival de Inverno de Garanhuns conta, também, com os cortejos de grupos de cultura popular e com a programação diversificada do Palco Castainho. A programação traz, ainda, o universo da moda com uma mostra fotográfica que destaca os figurinos de grandes filmes pernambucanos, e as atrações literárias e de Artes Plásticas.

A celebração, que integra a lista dos mais conceituados festivais do Brasil, é uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Prefeitura de Garanhuns. A programação completa e atualizada do FIG 2010 está disponível no site www.fundarpe.pe.gov.br.

CORTEJOS - Nesta edição, o FIG contará com três dias destinados aos cortejos (15, 17 e 24 de julho). A programação terá início sempre às 16h, com concentração em frente ao Hotel Tavares Correia e destino ao Palco de Cultura Popular, na avenida Santo Antônio. O primeiro dia de cortejo será dedicado à cultura popular, que será representada pelas seguintes atrações: Maracatu de Baque Solto Leão Mimoso (Olinda); Caboclinho Sete Flechas (Recife); Bloco Carnavalesco Amantes das Flores (Olinda); Clube Carnavalesco Marim dos Caetés (Olinda); Boi da Macuca (Correntes); A Bela da Tarde (Catende); e Caretas (Bezerros).

Já no dia 17, as ruas de Garanhuns serão tomadas pelos blocos líricos: Banhistas do Pina (Recife); Flor da Lira (Olinda); Menestréis do Paulista (Paulista); Flor do Eucalipto (Moreno); Bloco das Ilusões (Recife); Seresteiros de Salgadinho (Olinda); Eu Quero é Mais (Olinda); O Bonde (Recife); e Um Bloco em Poesia (Recife). Fechando a programação dos cortejos, um dia dedicado ao samba, com as recifenses G.R.C.A. Gigante do Samba, G. R. E. S. Imperiais do Ritmo e Galeria do Ritmo.

CASTAINHO – De 19 a 23 de julho, sempre a partir das 17h, o público poderá aproveitar a programação da lona de circo instalada na Comunidade de Remanescentes Quilombolas do Castainho. No dia 19, apresentam-se Dona Celina, de Paudalho, e a Banda de Pífano Quilombolas Euflauzino, de Carnaíba. No dia 20, o circo recebe os espetáculos de dança Tambores e Maracas, da Cia de Dança Artefolia, e Vitalinos, do Grupo de Dança Arte em Movimento do IFPE. Neste mesmo dia também se apresenta o Grupo de Dança Tigre, de Garanhuns.

A programação segue no dia 21 com a apresentação do Grupo Indígena Atikum, de Salgueiro, e do Espetáculo musical A Voz da Diversidade com Gean Ramos, de Jatobá. No dia 22, marcam presença do Castainho, Quilombola Estivas, de Garanhuns, Quilombola Nego do Timbó, também de Garanhuns, e do Quilombola Chã de Negros, de Passira. O dia 23 será marcado pela exibição do curta-metragem Malunguinho Histórico Divino e o resultado das oficinas de capacitação.

ARTES PLÁSTICAS - Exposições, videoarte, instalações e performances marcam a programação de Artes Plásticas do FIG 2010. As ações desta linguagem acontecem de 17 a 24 de julho, na Casa Galeria Galpão (Praça Dom Moura, 44) e nas ruas da cidade. Será apresentado um total de 10 trabalhos artísticos. O público vai poder conferir as obras e as novas experiências de artistas de renome como Ricardo Brazileiro, Airton Cardim, Lourival Cuquinha, Leo Antunes e Paulo Bruscky. Ainda compõem a grade Charles Martins, Gabriel Furtado, Mary Gatis, Cauê Nascimento, Janaína Campos Branco, Valdir Oliveira, Grupo Totem e Daniel Santiago.

LITERATURA – De 17 a 24 de julho, Garanhuns vai respirar literatura. A Casa Galeria Galpão (Praça Dom Moura, 44) abrigará uma programação especial voltada para esta linguagem. No dia 17, das 14h às 16h e das 18h às 20h, acontece a palestra-espetáculo “Poesia na música, música na poesia: oralidade, musicalidade e intersemiose”, com Marcos Antonio Ferreira. No dia 18, às 15h, Paulo André Viana falará sobre a incrível viagem de contar histórias. De 18 a 20 de julho, das 16h às 19h, tem o recital-debate “Projeto de introdução à poesia popular nordestina”, com Allan Sales.

De 19 a 21 de julho, às 14h, tem o projeto “Mostra cordelização: o diálogo do cordel com outras linguagens”, de Genivaldo Nascimento. Nos dias 21, 23 e 24 de julho, às 16h,Wagner Porto Cruz colocará em discussão a poesia de rua dos sambas de coco e maracatu. No dia 22 de julho, às 18h, Valdir Oliveira estará lançando o livro “O Rei do Zodíaco”. No dia 23 de julho, às 18h, a Casa Galeria Galpão recebe os poetas Chico Pedrosa, Marcos Passos e Marcone Melo, que farão um recital com poesia e música. E, encerrando a programação de literatura, no dia 24, às 15h, o grupo Baile dos Seres Imaginários realiza o recital “Balé Balaio”.

MODA - De 17 a 24 de julho, das 14h às 20h, a Coordenadoria de Moda da Fundarpe promove a mostra "Figurino do Audiovisual", que reunirá 30 fotos-stills de figurinos de filmes pernambucanos que mais se destacaram nas duas últimas décadas. Baile Perfumado, Amarelo Manga, Árido Movie, Cinema, aspirinas e Urubus, Deserto Feliz e Baixio das Bestas compõem a mostra. A mostra destaca o trabalho dos figurinistas Mônica Lapa, Andrea Monteiro, Joana Gatis, Bárbara Cunha, Beto Normal e Juliana Pryston. As imagens foram registradas pelos fotógrafos Gil Vicente, Fred Jordão e Gilvan Sá Barreto.


( fonte: Site da Fundarpe )

Nos bastidores dos Bastidores

Aconteceu hoje pela manhã o segundo programa da série Nos Bastidores do Festival 2010. Foram entrevistados Gerson Lima que fará comentários na área de teatro durante o festival de inverno para a Rádio FM Sete Colinas, Paulo Ferreira e Rivelino Mendes da banda Estado Suicida, André Vagalume responsável pela comercialização dos camarotes da Guadalajara, além de Sandra Albino acompanhada dos atores Rudá e Raví do grupo Diocesano de Artes. Muitas informações foram dadas ao público em um programa bastante movimentado. Confira algumas fotos do programa de hoje.
Maria Sobral
Gerson Lima
André Vagalume, Paulo Henrique & Rivelino Mendes Paulo Henrique & Rivelino Mendes

André Vagalume & Jonas Lira
Sandra Albino & jonas Lira
Rudá & Sandra Albino
Raví , Rudá & Sandra Albino


30 anos sem Vinícius de Moraes

Carioca, Vinicius teve uma vida movimentada e sob muitos aspectos pitoresca. Era, para começar, um boêmio inveterado, apreciador do uísque, e grande conquistador: casou-se nada menos que nove vezes e teve inúmeros casos. Viveu numa época de grande agitação política, mas sua atuação nessa área foi, às vezes, desconcertante: começou como integralista, a versão cabocla do fascismo europeu, que enganou a ele e a muitos outros: Dom Hélder Câmara, Santiago Dantas, Adonias Filho, José Lins do Rego. Depois tornou-se um esquerdista, mas moderado. De profissão, era diplomata, mas, de novo, não muito atuante; o porteiro de uma das embaixadas onde atuou resumia assim o seu expediente: De manhã não trabalha, de tarde não vem. Em vez de servir no Uruguai, para onde estava designado, ficou no Rio, apresentando-se em botecos, o que deu ensejo à ditadura para cassá-lo. Como poeta, Vinicius certamente não teria meios de ganhar a vida; mas cedo descobriu que poderia colocar seu talento na música, tornando-se parceiro de grande compositores: Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra e, sobretudo, Tom Jobim, com quem compôs Se Todos Fossem Iguais A Você, A Felicidade, Chega de Saudade, Eu Sei Que Vou Te Amar, Insensatez, e, claro, Garota de Ipanema.

Ninguém duvida de que esta canção é um símbolo do Brasil. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos lista-a entre as 50 principais obras musicais de todos os tempos, e é conhecida em todo o mundo, inclusive pela famosa gravação com Frank Sinatra. Para isso concorreram vários fatores. Em primeiro lugar, o ano em que foi composta, 1962, marcou o auge da bossa nova, importante movimento musical. Depois, era Rio de Janeiro, cidade que deixara de ser capital, mas que continuava sendo o centro artístico e cultural do país. Aliás, Garota de Ipanema tem muitas afinidades com o vibrante Cidade Maravilhosa, da qual é o lado lírico, brejeiro. Porém, mais que Rio, era Ipanema, o bairro mais sofisticado do país, o equivalente brasileiro do Village em Nova York, da Rive Gauche em Paris, de Bloomsbury em Londres. E mais que Ipanema era a garota, a beleza brasileira celebrada de maneira eloquente. Foi inspirada em Helô Pinheiro, uma bela moça que, a caminho da praia, costumava passar pelo Bar Veloso (hoje Bar Garota de Ipanema), onde Vinicius e Tom Jobim faziam ponto.

A letra inicial, logo abandonada, era um tanto depressiva e não muito brilhante: Vinha cansado de tudo/ De tantos caminhos/ Tão sem poesia/ Tão sem passarinhos/ Com medo da vida/ Com medo de amar... E aí, a grande ideia: em vez de queixumes, de lamentos, a vibrante celebração: Olha que coisa mais linda mais cheia de graça/ É ela a menina que vem e que passa/ Num doce balanço a caminho do mar/ Moça de corpo dourado do sol de Ipanema/ O seu balançado é mais que um poema/ É a coisa mais linda que eu já vi passar...

Helô Pinheiro deixou de ser garota, e procurou outros caminhos, que não o do mar. Casou (mais de uma vez), tornou-se apresentadora de tevê, empresária e dona de uma cadeia de lojas chamada, claro, Garota de Ipanema - a expressão também figura em destaque em seu blog. Ah, sim, e continua uma bela mulher.

Sua história enseja uma curiosa questão: serão platônicas as grandes paixões? Será que nascem, não na cama, mas na mesa de um bar, brotando do coração de alguém a olhar uma menina que vem e que passa, num doce balanço, a caminho do mar? Uma indagação que o grande Vinicius deixou sem resposta.




Matéria de autoria do escritor Moacyr Scliar

Fundarpe lança catálogo alusivo aos 20 anos do FIG

A Fundarpe acaba de lançar a edição de um catálogo para marcar os 20 anos do Festival de Inverno. Nele estão fotos e fatos que marcaram a história deste que apesar dos pesares e da forma equivocada que é tratato, ainda é graças também a teimosia de alguns poucos, um belo evento cultural. A publicação que deve ser distribuída durante o festival, trás também números e um balanço do que a promoção representa em termos economicos para a região. Destacamos um acervo de belas fotos com personagens que por aqui passaram ao longo desses anos. O catálogo também comete uma grande injustiça com as pessoas que tiveram a iniciativa e a idéia de promoveram aqui este tão importante evento. Talvez por falta de conhecimento da prória história do festival ou por não querer reconhecer o trabalho dos que passaram e que também tiveram papel importante no seu desenvolvimento, nenhuma mensão é feita. Pessoas como Marcilio Renoux, idealizador do festival, Ivo Amaral realiazador enquanto prefeito dos primeiros festivais, Joaquim Francisco então governador que todo apoio deu a iniciativa, Rubinho Valença na época presidente da Fundarpe, Marcilio Maia que correu como um louco atrás de apoio para uma nova idéia, entre tantos outros que compraram a briga. Outro pecado que se comete na publicação, é com os artistas da terra que foram totalmente esquecidos como se não tivessem tido nenhuma importancia ou participação nessa história. Acho que esse catálogo não valeu. É preciso que outro seja publicado com a história real e sem cortes. Ou será que o brasileiro é mesmo um povo sem memória ? ( Eu mesmo não ).

Rita regrava 'Ti Ti Ti' para o 'remake' da novela


Rita Lee regravou sua deliciosa música Ti Ti Ti - composta com Roberto de Carvalho e lançada pela dupla no álbum Saúde (Som Livre, 1981) - para a trilha sonora nacional do remake da novela homônima de Cassiano Gabus Mendes (1927 - 1993), no ar a partir de 19 de julho de 2010. Ti Ti Ti já era o tema de abertura da trama em sua versão original, exibida em 1985 pela TV Globo, mas na regravação do extinto grupo Metrô. Já a versão 2010 de Ti Ti Ti foi gravada por Rita Lee sob produção de Roberto.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Nos Bastidores dos Bastidores

A Rádio FM Sete Colinas deu início oficialmente na manhã de hoje, a sua cobertura ao Festival de Inverno. Como contece todos os anos, o trabalho teve início com a primeira audição deste ano do programa Nos Bastidores do Festival. O programa que está na sua 16ª temporada, realizada entrevistas e tráz sempre novidades sôbre o evento para os ouvintes. O programa tem a produção de Ana Jaíra e apresentação de Jonas Lira. Estiveram como convidados no programa de abertura, o ator Álvaro Lucard representando o espetáculo Entre Amores, Flores e Frustrações, o oficineiro Jerferson Luiz que está ministrando uma oficina de vídeo no Colégio Diocesano , além da cantora Karla Rafaella que esteve acompanhada do músico Alexandre Revoredo. Karla durante o programa cantou músicas que estarão no repertório do show que fará na esplanada Guadalajara na noite da quarta-feira dia 21. Nos bastidores do festival segue até quinta-feira dia 15 sempre apartir das onze horas da manhã. Confira algumas fotos do programa de hoje.
Karla Rafaella & Alexandre Revoredo

Karla Raffaela, Alexandre Revoredo & Jonas Lira

Jeferson Luiz & Jonas Lira

Álvaro Lucard, Alexandre Revoredo & Karla Rafaella em momento de descontração

Álvaro Lucard & Jonas Lira


Nos Bastidores do Festival começa hoje.

Começa logo mais às onze horas da manhã, a temporada 2010 do programa Nos Bastidores do Festival. O programa pioneiro em divulgar o FIG com antecedencia chega ao 16º ano de existência pela Rádio FM Sete Colinas, sempre entrevistando pessoas quem tem uma participação direta na realização do evento. O programa de estréia contará com as presenças da cantora Karla Rafaela, do oficineiro Jeferson Luiz e do ator Álvaro Lucard.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ariano nunca é demais...


O mestre Ariano Suassuna volta a Garanhuns no Festival de Inverno. Ele virá para presentear o público com sua nova aula espetáculo, entitulada, Chamada ao Piano. Ao contrário das vezes anteriores, quando o escritor reunia seu público no Teatro Luiz Souto Dourado, desta vez a apresentação acontecerá no Parque Elclides Dourado no dia 24, último dia do festival de inverno com entrada franca.

Concebida e conduzida pelo poeta, dramaturgo e romancista, “Chamada ao Piano” é uma obra Baseada nas pesquisas do padre e musicólogo Jaime Diniz. A performance celebra a obra pianística de compositores pernambucanos que atuaram entre o final do século XIX e início do XX. No espetáculo Ariano Suassuna divide o palco com cinco bailarinos que dançam diversas canções entoadas ao piano, que vão do clássico como a valsa, ao popular chorinho. O repertório é composto por músicas de compositores como Capiba, Irmãos Valença, Alfredo Gama, Cláudio Carneiro Leal, Marambá, Isael Rodrigues e Euclides Fonseca. Esta é a terceira aula-espetáculo apresentada pela Secretaria de Cultura. Em 2007, Ariano percorreu o estado com “Nau”, uma grande viagem pela cultura brasileira, homenageando índios, negros e portugueses. Em 2008, foi a vez de “A Cadência, o Castelo e a Cantoria”, um mergulho na poesia popular nordestina, conduzido pela literatura de cordel. A estréia do espetáculo aconteceu em Olinda no mês passado.

Tem oficina com inscrições abertas


A partir de hoje até o dia 9 deste mês, os interessados em participar da oficina cultural “Uma visão geral do universo da produção”, que faz parte da programação do Festival de Inverno de Garanhuns, já podem efetuar inscrição na Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (Aesga), localizada na Avenida Caruaru, nº 508. O curso – organizado pelo iluminador, coordenador de palco e produtor Sérgio Valença, conhecido como Pezão – terá duração de 11 dias, com início no dia 13 de julho. A inscrição é gratuita e está sujeita ao limite de vagas.

O tempo não pára Cazuza


Os vinte anos sem Agenor Miranda o blog lembra assim...


Codinome beija-flôr


Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

terça-feira, 6 de julho de 2010

Bethânia lidera 21º Prêmio da música brasileira

Com sete nomeações por conta dos álbuns Encanteria e Tua, de 2009, Maria Bethânia é a líder de indicações à 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Anunciada nesta segunda-feira, 5 de julho de 2010, a lista de indicados totaliza 105 nomes, selecionados a partir dos 695 CDs e 103 DVDs inscritos e distribuídos em 16 categorias. Atrás somente de Maria Bethânia, Ney Matogrosso é o segundo nome com mais indicações, concorrendo quatro vezes pelo CD Beijo Bandido. Eis os indicados ao prêmio, cujos vencedores serão conhecidos em 11 de agosto, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) que vai prestar uma homenagem a Dona Ivone Lara:

CATEGORIA ARRANJADOR
Arranjador
• Mario Adnet por Afro Samba Jazz- A Música de Baden Powell - Mario Adnet e Philippe Baden Powell
• Maurício Carrilho por Brasileiro Saxofone - Nailor Proveta
• Philippe Baden Powell por Afro Samba Jazz - A Música de Baden Powell - Mario Adnet e Philippe Baden Powell

CATEGORIA CANÇÃO
Melhor Canção
• Encanteria (Paulo César Pinheiro) - CD Encanteria, de Maria Bethânia
• Feita na Bahia (Roque Ferreira) - CD Encanteria, de Maria Bethânia
• Saudade (Chico César e Paulinho Moska) - CD Tua, de Maria Bethânia

CATEGORIA PROJETO VISUAL
• Manacá, disco Manacá - Retina 78
• Maria Bethânia, disco Encanteria - Gringo Cardia
• Ney Matogrosso, disco Beijo Bandido - Ocimar Versolato

CATEGORIA REVELAÇÃO
• Alexandre Gismonti Trio
• Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz
• Maria Gadú

CATEGORIA CANÇÃO POPULAR
Melhor Disco
• Autorretrato, de Kleiton e Kledir
• Tecnomacumba a Tempo e ao Vivo, de Rita Ribeiro
• O Coração do Homem-Bomba ao Vivo Mesmo, de Zeca Baleiro

Melhor Dupla
• Edson e Hudson (Despedida)
• Victor & Leo (Ao Vivo e em Cores em São Paulo)
• Zezé Di Camargo & Luciano (Duas Horas de Sucesso ao Vivo)

Melhor Grupo
• DNA (Pode Acreditar)
• San Marino (Simples, mas Autêntico)
• Trilogia (Jogatina)

Melhor Cantor
• Cauby Peixoto (Cauby Interpreta Roberto)
• Fagner (Uma Canção no Rádio)
• Zeca Baleiro (O Coração do Homem-Bomba ao Vivo Mesmo)

Melhor Cantora
• Patricia Mellodi (Pacote Mais que Completo)
• Paula Fernandes (Pássaro de Fogo)
• Rita Ribeiro (Tecnomacumba a Tempo e ao Vivo)

CATEGORIA INSTRUMENTAL
Melhor Disco
• Saudade do Cordão, de Guinga e Paulo Sérgio Santos
• Afro Samba Jazz - A Música de Baden Powell, de Mario Adnet e Philippe Baden Powell
• Luz da Aurora, de Yamandú Costa e Hamilton de Holanda

Melhor Solista
• Altamiro Carrilho (Primeira Noite em Niterói/Segunda Noite em Niterói)
• Hamilton de Holanda (Luz da Aurora)
• Yamandú Costa (Luz da Aurora)

Melhor Grupo
• João Donato Trio (Sambolero)
• Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz (LetieresLeite e OrkestraRumpilezz)
• Rabo De Lagartixa (O Papagaio do Moleque)

CATEGORIA MPB
Melhor Disco
• Não Vou Pro Céu mas Já Não Vivo no Chão, de João Bosco
• Encanteria, de Maria Bethânia
• Beijo Bandido, de Ney Matogrosso

Melhor Grupo
• 4 Cabeça (4 Cabeça)
• Escambo (Flúor)
• Fausto Prado e Caetano Silveira (Cidade Baixa)

Melhor Cantor
• João Bosco (Não Vou Pro Céu mas Já Não Vivo no Chão)
• Ney Matogrosso (Beijo Bandido)
• Zé Renato (Zé Renato ao Vivo)

Melhor Cantora
• Maria Bethânia (Encanteria)
• Nana Caymmi (Sem Poupar Coração)
• Roberta Sá (Pra se Ter Alegria)

CATEGORIA POP/ROCK/REGGAE/ HIPHOP/FUNK
Melhor Disco
• Zii e Zie, de Caetano Veloso
• Rock'n'Roll, de Erasmo Carlos
• Pelo Sabor do Gesto, de Zélia Duncan

Melhor Grupo
• Móveis Coloniais de Acaju (C_Mpl_Te)
• Mundo Livre S/A (Combat Samba)
• Paralamas do Sucesso (Brasil Afora)

Melhor Cantor
• Caetano Veloso (Zii e Zie)
• Ed Motta (Piquenique)
• Lulu Santos (Singular)

Melhor Cantora
• Céu (Vagarosa)
• Daniela Mercury (Canibália)
• Zélia Duncan (Pelo Sabor do Gesto)

CATEGORIA REGIONAL
Melhor Disco
• Alma Cabocla, de Ana Salvagni
• Viva Elpídio, de Oswaldinho e Marisa Viana
• Violas de Bronze, de Siba e Roberto Corrêa

Melhor Dupla
• Chitãozinho e Xororó (Se For pra Ser Feliz)
• Gino e Geno (Pode Chamar Nóis)
• Rodrigo Sater e Yassír Chediak (Tiago e Juvenal - Os Violeiros da novela Paraíso)

Melhor Grupo
• Frevo Diabo (Frevo Diabo)
• Luciano Maia e Quarteto Riograndense (Encomenda)
• Trio Virgulino (Isso Aqui Tá Bom Demais)

Melhor Cantor
• Gaúcho da Fronteira (Gaúcho Doble Chapa)
• Juraildes da Cruz (Roda Gigante)
• Targino Gondim (Canções de Luiz)

Melhor Cantora
• Claudia Cunha (Responde à Roda)
• Elba Ramalho (Balaio de Amor)
• Patrícia Bastos (Eu Sou Caboca)

CATEGORIA SAMBA
Melhor Disco
• Chutando o Balde, de Nei Lopes
• Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira, de Tantinho
• Preceito, de Toninho Geraes

Melhor Grupo
• Casuarina (MTV Apresenta Casuarina)
• Galocantô (Lirismo do Rio)
• Sandália de Prata (Samba Pesado)

Melhor Cantor
• Moyseis Marques (Fases do Coração)
• Tantinho (Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira)
• Zeca Pagodinho (Uma Prova de Amor ao Vivo - Especial MTV)

Melhor Cantora
• Alcione (Acesa)
• Aline Calixto (Aline Calixto)
• Luiza Dionizio (Devoção)

FINALISTAS - ESPECIAIS
DVD
• Luz Negra - Fernanda Takai
• BandaDois - Gilberto Gil
• Multishow ao Vivo - Vanessa da Mata

Disco Língua Estrangeira
• Beatles 69 Vol. 01, 02 e 03 - Vários artistas
• Songs 4 U - Daniel Boaventura
• Tributo a Ella Fitzgerald - Jane Duboc e Vitor Biglione

Disco Erudito
• Debussy - Nelson Freire
• Shumann Sinfonia nº 2 Sinfonia nº 4 - Osesp
• Villa-Lobos - Um Clássico Popular - Quinteto Villa-Lobos

Disco Infantil
• Partimpim Dois - Adriana Partimpim
• Pequeno Cidadão - Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Antonio Pinto e Taciana Barros
• Projeto Guri Convida - Projeto Guri – Vários artistas

Disco Projeto Especial
• Entre Amigos - Dolores Duran
• O Baile do Simonal - Vários artistas
• Ataulfo Alves - 100 Anos - Vários artistas

Disco Eletrônico
• Essa Moça Tá Diferente - DJ Zé Pedro
• Organismo Eletrônico - Pedra Branca
• Ultrasom - Siri

VOTO POPULAR
Cantor
Caetano Veloso
Cauby Peixoto
Ed Motta
Fagner
Gaúcho da Fronteira
João Bosco
Juraildes da Cruz
Lulu Santos
Moyseis Marques
Ney Matogrosso
Tantinho
Targino Gondim
Zé Renato
Zeca Baleiro
Zeca Pagodinho

Cantora
Alcione
Aline Calixto
Céu
Claudia Cunha
Daniela Mercury
Elba Ramalho
Luiza Dionizio
Maria Bethânia
Nana Caymmi
Patricia Bastos
Patricia Mellodi
Paula Fernandes
Rita Ribeiro
Roberta Sá
Zélia Duncan

Banda Estado Suicida comemora 20 anos e faz a festa no FIG



A banda estado suicida, atualmente em estado de ibernação, vai se reunir nesse festival de inverno. O motivo é a celebração dos 20 anos da banda que é rock puro. Prá comemorar, a idéia surgida, foi a de juntar os integrantes atuais com os que já passaram pelo grupo ao longo desses vintes anos e ajudaram a construir a história da banda. Efraim, Paulo Henrique e Rivelino, irão contar neste conserto, que vai acontecer no dia 21 no palco pop, com as presenças no palco de Marcos dedinho, Sergio gordo, Claudio babuíno, Severino, Rivelino Mendes e Maurício Valença. Os amantes do rock e fãs da Estado suicida, terão uma noite inesquecível com esta rara apresentação da banda, unindo todos os dinossauros e jurassicos do rock em Garanhuns.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Conhecendo Noel


Eis mais uma preciosidade, fruto do talento do inesquecível Noel Rosa. No ano do seu centenário, o blog posta a letra de um dos sambas mais bonitos da história da nossa música.

Conversa de botequim ( 1935 )

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do fute..bol

Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão
Uma caneta, um tinteiro,
Um envelope e um cartão,
Não se esqueça de me dar palitos
E um cigarro pra espantar mosquitos
Vá dizer ao charuteiro
Que me empreste umas revistas,
Um isqueiro e um cinzeiro

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa...

Telefone ao menos uma vez
Para três quatro quatro três três três
E ordene ao seu Osório
Que me mande um guarda-chuva
Aqui pro nosso escritório

Seu garçom me empresta algum dinheiro
Que eu deixei o meu com o bicheiro,
Vá dizer ao seu gerente
Que pendure esta despesa
No cabide ali em frente

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do fute..bol

Falando de Cinema

A proximidade de datas comemorativas é sempre um incentivo para a realização de produções cinematográficas. Chico Xavier, por exemplo, foi lançado no ano em que o famoso médium completaria um século de vida. Em 2011 quem comemorará uma data especial é o Parque Nacional do Xingu, a primeira terra indígena homologada pelo governo federal. E, para marcar os 50 anos de existência, sua origem será contada no próximo filme do diretor Cao Hamburger, de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.

As filmagens de Xingu começarão no próximo dia 20, com produção da O2 Filmes. No elenco foram escalados Felipe Camargo (Jogo Subterrâneo), João Miguel (Estômago) e Caio Blat (Batismo de Sangue), que interpretarão, respectivamente, os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas. O trio participou da expedição Roncador-Xingu, na qual passou a defender a cultura dos índios. Com locações nas cidades de Palmas e São Paulo, além do Parque Nacional do Xingu, a intenção é que o filme chegue às telas no ano que vem.

Vinte anos de Festival de Inverno na visão de um leitor


O amigo e leitor Sandro Gama, nos envia um artigo relatando sua visão dos vinte anos do Festival de Inverno. Vale a leitura, porque quem o fez conhece como poucos a história do evento.


Vinte anos de carreira, vamos comemorar palmas para o festival, palmas para nós...
Como eu gostaria de ter a certeza de que merecemos, e o festival também, essas palmas.
Claro que merecemos e ele também, pelo menos algumas palmas. A questão meus amigos (as) é que são palmas tão efêmeras, quanto cada festival desse que passou. Não que não se tenha aproveitado nada, e que nada foi aprendido e tudo foi em vão ao longo desses dezenove anos, não se trata disso.

Acho que o festival é responsável, por algo que pra mim é de extrema importância, que foi a mudança de comportamento, por grande parte da população, no que diz respeito à participação de nós nativos no evento. Eu e muitos amigos que vivíamos a noite e a cidade de uma forma cultural e boêmia antes do primeiro festival e que percebíamos as castas (digamos assim) que existiam na sociedade, onde determinados locais não eram frequentados por alguns jovens que poderiam estar ali vivenciando e fortalecendo juntos conosco, o que poderia ser uma base cultural mais forte, para termos um dos maiores eventos do Brasil. Garotas tomando uma cerveja, numa mesa composta só por elas? Só se fossem as más faladas do VAGÃO ou do BAR DE NIRA, era assim mesmo e muita gente sabe disso.

Mas eis que chega o FIG, e logo no segundo ou terceiro ano já podia perceber uma grande mudança, e que perdura até hoje, graças a DEUS, que foi a forma como nosso povo passou a receber, a respeitar e até a aplaudir as atrações, mesmo que em algumas vezes, soassem estranhas aos ouvidos. Vejam que chegamos aos vinte anos, sem nenhuma situação de violência que venha manchar a imagem do evento. Mesmo numa noite onde toda a polícia estava em greve e tivemos uma apresentação memorável dos Titãs, contagiando 50 mil pessoas de várias tribos culturais, o que em anos anteriores, seria previsão de uma hecatombe, foi uma noite de celebração sob muita paz e alegria.

Mas acho que poderia ter dado mais frutos esses dezenove anos de festival. Já poderíamos ter entre nossos artistas, alguém que tenha sido descoberto em algum festival. Entre os que estão ministrando alguma oficina, um morador da cidade que viesse a ser um multiplicador, vocês sabem do que estou falando. Só que não vemos isso e fica a impressão de que com vinte anos de existência, o FIG sempre foi e ainda é apenas um período festivo durante as férias.
É claro que queríamos mais, é óbvio que queríamos que chegando aos vinte anos, que o município gerisse o evento, se não sozinho, pelo menos partilhasse dessa gestão, o que nunca aconteceu e não acontece ainda hoje.

Com isso, somos obrigados a engolir de goela abaixo, todas as imposições e mudanças que são feitas no evento. Algumas absurdas, outras que enfraquecem o FIG, como por exemplo, essa de reduzir as apresentações do palco do PAU POMBO, a falta de oxigenação nas grades de atrações do Euclides Dourado, do palco da cultura popular e do próprio Pau Pombo, e outras coisítas mais.
Vou dar um exemplo de uma situação, que demonstra toda a indiferença dos que vem de fora como absolutos donos da situação. Nesses dezenove anos, posso dizer que tem pelo menos uns quinze anos, que eu e um grupo de amigos nos unimos e compramos um dos camarotes, vejam vocês que quando esses camarotes eram vendidos por pessoas de Garanhuns, eles tinham pelo menos a consideração de consultar aqueles que sempre compravam, para saber se eles tinham interesse, se não, venderiam para outros. E não me venham dizer que estou reclamando de privilégio não, trata-se de respeito.

De uns anos para cá, essa comercialização é feita por pessoas de fora, apesar de sempre colocarem alguém da cidade à frente.É impressionante a indiferença com que somos tratados e em algumas vezes até mal tratados. Só o que conta para eles, é aumentar sem nenhuma justificativa ou melhorias, os valores cobrados pelos mesmos.Mas se até mesmo os estrangeiros gestores fazem isso, como querer algo diferente de outros?

Vejam vocês, que a FUNDARPE, esse ano, resolveu que os seis primeiros camarotes, serão dela. E não interessa se já tinha alguém que há duzentos anos ficava com esses camarotes. Agora eu pergunto pra quê a FUNDARPE com seis camarotes? Nunca se viu isso! O governo do estado sempre teve os seus camarotes, que é justo, afinal os homens bancam quase tudo né? E ainda tem as autoridades que o Governador possa vir a receber, embora nesses dezenove festivais, nunca vi um governador ir mais do que três dias para o evento, bom mais isso não me diz respeito, mas os da FUNDARPE me dizem sim, não só a mim, mas a todos os contribuintes, pois além de abusivamente tirar as pessoas que ali ficavam isso é farra com o dinheiro público, basta só olhar quem são as pessoas que vão estar nesses camarotes. Bom, mas isso é apenas um desabafo em causa própria. Kkk...

O que interessa mesmo é o FIG que chega a uma etapa simbólica na sua história e continuamos tendo poucos motivos para batermos palmas e muitos para criticar, que, aliás, não devemos deixar de fazer nunca, vamos aplaudir sempre o que for merecido e criticar sempre o que tiver de ser criticado.Parabéns FIG, parabéns Marcilio Reinaux Maia pela brilhante ideia, parabéns Garanhunhenses pelos contínuos exemplos de receptividade e hospitalidade e parabéns para todos aqueles que nesses dezenove anos, procuraram contribuir para fazer do FIG cada vez maior e melhor.

Isso vale um abraço companheiros...
Sandro Gama Correia.

Correio Sete Colinas destaca Nascedouro do FIG


O jornal Correio Sete Colinas que está nas bancas desde Sábado, tráz entre outras matérias importantes, uma que destaca o nascedouro do nosso Festival de Inverno. A reportagem que ocupa uma página completa, relata detalhes preciosos de como surgiu o FIG há vinte atrás. O jornalista Roberto Almeida procurou para compor a matéria, o auxílio do ex-prefeito Ivo Amaral, que conta detalhes desconhecidos pela maioria da população, de como surgiu a idéia de se criar em nossa cidade, este evento que hoje é conhecido em todo país. Vale apena conferir.

Caetano brilha na bela trilha de 'O Bem Amado'


Já com estreia nos cinemas brasileiros agendada para 23 de julho de 2010, o filme O Bem Amado tem sua trilha sonora editada em CD antes da entrada em circuito da adaptação cinematográfica do texto de 1962, escrito originalmente por Dias Gomes (1922 - 1999) para o teatro e transformado em 1973 numa novela de sucesso que, por sua vez, originou série exibida pela TV Globo na primeira metade dos anos 80. Composta pela dupla Toquinho & Vinicius, a trilha sonora da novela tem lugar de honra em qualquer antologia do gênero. Assinada por Caetano Veloso com Berna Ceppas e Mauro Lima, a do filme dirigido por Guel Arraes não chega a ter caráter antológico, mas também se situa acima da média do gênero, resistindo muito bem fora da tela. As duas inéditas fornecidas por Caetano figuram entre as melhores músicas feitas pelo compositor - baiano como a fictícia cidade de Sucupira em que se aloca a trama - nos últimos anos. Esta Terra é o grande destaque. Com inspiração, Caetano musicou versos do poeta pernambucano José Almino no compasso qause agalopado do martelo, ritmo nordestino a que recorrem os cantadores e repentistas do Nordeste. Time esperto de músicos jovens - Kassin, Berna, Moreno Veloso, Davi Moraes, Felipe Pinaud - embala o tema com modernidade, deixando Caetano valorizar os versos de Almino, hábil ao retratar terra brasilis em que "reinam as marcas estranhas do destino". Terra que se ajusta ao perfil farsesco da Sucupira de Dias Gomes. Já A Vida É Ruim - a outra inédita de Caetano, ouvida na voz de Zélia Duncan e na versão instrumental que fecha o disco - dialoga de forma inteligente com o universo kitsch da canção sentimental brasileira e do bolero, trilhas de um Brasil interiorano que ignora, feliz, as mudernidades musicais dos grandes centros urbanos. Nesse Brasil interiorano, Carcará (João do Valle e José Cândido) ainda voa firme pelos céus em rota nordestina valorizada na trilha pelo canto épico de Zé Ramalho e pelas programações e efeitos de Berna Ceppas. A faixa traz no coro as cantoras Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer, trio feminino que ascende ao posto de protagonista no lúdico Jingle do Odorico (Guel Arraes, Jorge Furtado, Kassin e Berna Ceppas). Em maior ou menor dose, esse tom lúdico transparece também no Boogie sem Nome (Mauro Lima) - que marca o reencontro de Leo Jaime com os Miquinhos Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal - e nos temas instrumentais Chachacha das Cajazeiras (Kassin) e Cajazeira Tentação (Berna Ceppas). O primeiro evoca com frescor a latinidade dos trópicos. O segundo combina sensualidade e clima de suspense à moda das trilhas de 007. Em tom mais político, Jorge Mautner defende as cores do socialismo nacional em A Bandeira do meu Partido, tema composto e gravado por Mautner. E, por fim, há o único ponto dissonante da seleção musical de O Bem Amado: a regravação de Nossa Canção - música de Luiz Ayrão propagada em 1966 na voz de Roberto Carlos, em pleno reinado da Jovem Guarda - por Mallu Magalhães. Em ascensão evidenciada em seu segundo CD (Mallu Magalhães, 2009), a jovem cantora chega a soar amadora ao interpretar o tema mais romântico da trilha, faixa que poderia até ter apelo popular se a mesma canção já não tivesse sido revivida na última década por Maria Bethânia (em 2001), Vanessa da Mata (em 2003) e Nana Caymmi (em 2009). Descontada a insossa faixa de Mallu, o som da Sucupira 2010 tem tudo para ser amado pelo público, dentro e fora dos cinemas, e pelos fãs antigos de Caetano

Corpo do poeta Roberto Piva é cremado em São Paulo


O corpo do poeta Roberto Piva foi cremado no começo da tarde de ontem, no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo. O corpo do escritor saiu do Cemitério do Araça às 11h, local onde estava desde o velório, realizado na noite desde sábado. Piva morreu aos 72 anos de falência múltipla de órgãos em decorrência de uma insuficiência renal. Ele estava internado desde maio no InCor (Instituto do Coração) e sofria de Mal de Parkinson há dez anos. Durante a própria internação, foi descoberto um câncer na próstata, em metástase.

Nascido em São Paulo, ele ganhou fama aos 22 anos com a publicação do livro "Paranoia", que retratava a capital paulista de maneira maldita, inspirada pelo movimento beatnik e pelo surrealismo. A obra ganhou reedição neste ano pela editora Instituto Moreira Salles. O autor fez parte da geração de escritores, como Hilda Hist e Claudio Willer, descoberta pelo editor Massao Ohno. Durante sua carreira, o poeta destacou-se pela poética urbana. Suas obras foram divididas em três volumes e relançadas pela Editora Globo há cinco anos.



LIBELO ( Roberto Piva )

Não mais trarei justificações
Aos olhos do mundo.
Serei incluído
” Pormenor Esboçado ”
Na grande bruma.
Não serei batizado,
Não serei crismado,
Não estarei doutorado,
Não serei domesticado
Pelos rebanhos
Da terra.
Morrerei inocente
Sem nunca ter
Descoberto
O que há de bem e mal
De falso ou certo
No que vi.