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terça-feira, 9 de novembro de 2010

" Conhecendo nossa Cultura "


Pastoril é um folguedo popular dramático de origem européia, representado entre o Natal e a Festa de Reis (05 de janeiro), em vários Estados do Nordeste brasileiro. São cordões com diversos personagens, entre as quais as pastoras ou pastorinhas, que cantam e tocam maracá. De origem religiosa, também é denominado Presépio.

Segundo Pereira da Costa, o uso de Presépios em Portugal teve início no Convento das Freiras do Salvador, em Lisboa, em 1391, levantando-se no meio do templo uma armação representando o Estábulo de Belém, com figuras que representavam a cena do nascimento de Jesus. Depois, já no século XVI, foi o assunto dramatizado, teve entrada no teatro e é talvez daí que vem o auto hierático português, de tão variados assuntos.

No seu Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo assim define o Pastoril: cantos, louvações, loas, entoadas diante do presépio na noite do Natal, aguardando-se a missa da meia-noite. Representavam a visita dos pastores ao estábulo de Belém, ofertas, louvores, pedidos de bênção.

Os grupos que cantavam vestiam de pastores, e ocorria a presença de elementos para uma nota de comicidade, o velho, o vilão, o saloio, o soldado, o marujo, etc. Os pastoris foram evoluindo para os autos, pequeninas peças de sentido apologético, com enredo próprio, divididos em episódios que tomavam a denominação quinhentista de "jornadas" e ainda a mantêm no Nordeste do Brasil.

Pereira da Costa afirma que a introdução do Presépio em Pernambuco vem, provavelmente, de fins do século XVI "iniciada no Convento dos Franciscanos de Olinda, por Frei Gaspar de Santo Antônio, primeiro religioso que tomou o hábito no Brasil, naquele mesmo convento, em 1585". No passado, as festas de final de ano aqui em Garanhuns, eram marcadas com as e exibições de diversos Pastoris no centro da cidade, que atraiam grande público.

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