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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

" Falando de Cinema "


Uma expedição cinematográfica no vale do São Francisco. Talvez seja esta a melhor definição para o projeto Cinema no Rio que, desde 2004, cuida de popularizar e difundir a sétima arte, exibindo filmes nacionais nas comunidades ribeirinhas. Nestes seis anos de existência, o projeto percorreu o rio São Francisco da nascente à foz, passando por municípios dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Nessas localidades, o cinema é finalmente descoberto e, nas poucas que um dia tiveram cinema, o projeto traz a lembrança dos bons e velhos tempos em que assistir a um filme era o melhor programa.

Em 2010, o projeto irá percorrer 19 localidades do interior de Minas Gerais e da Bahia entre os dias 8 de setembro e 2 de outubro. A programação é gratuita, com exibição em praça pública, e inclui desde os clássicos até alguns dos mais recentes lançamentos cinematográficos produzidos no Brasil. “A expectativa da população é grande. Todos comentam as sessões anteriores e estão ansiosos para receber o cinema este ano”, conta Inácio Neves, coordenador do projeto que, na fase de pré-produção, está percorrendo todo o trajeto das exibições.


Programação

Em cada uma das 19 localidades participantes do Cinema no Rio, serão realizadas duas exibições de longas-metragens, em película 35mm, e pelo menos uma projeção de animação e uma de curta-metragem. Entre os destaques dessa edição estão os filmes Mutum, de Sandra Kogut, e O Menino da Porteira, de Jeremias Moreira. Entre os curtas, o premiado Retrato Pintado, de Joe Pimentel, e a animação de Ítalo Cajueiro A Moça que Dançou Depois de Morta. Em cada sessão é projetado também um vídeo feito em torno de depoimentos e impressões dos moradores da comunidade, onde está acontecendo a exibição.

Ainda na programação, o Projeto conta com a Oficina Imagem em Movimento, que tem por objetivo explicar o princípio básico do cinema, por meio da confecção de dois brinquedos ópticos - o Traumatrópico e o Flip-book. Acompanhando o projeto, um antropólogo realizará um levantamento das manifestações artísticas e culturais de cada comunidade visitada. Serão registradas peculiaridades e expressões locais por meio do contato com a população e suas histórias.

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