Os representantes da classe teatral que ocupam a Funarte desde segunda-feira dizem não ter previsão de deixar a instituição. “Nós só sairemos quando nossas exigências forem atendidas”, diz Luciano Carvalho, do Coletivo Dolores. Diante da situação, o presidente da Funarte, Antonio Grassi, divulgou uma carta, repudiando a ocupação do edifício.
Os artistas se reuniram para protestar contra os recentes cortes no orçamento da Cultura para 2011, que passou de R$ R$ 2,2 bilhões para R$ 800 milhões. Eles também exigem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 150, que destina 2% do orçamento federal para a cultura, além da extinção do que chamam de “política mercantilista” criada pela Lei Rouanet.
Após se manifestar em frente da sede paulistana do órgão, os artistas fecharam os portões do edifício, na noite de segunda-feira. Na terça, não permitiram que os funcionários entrassem no local. Segundo Tadeu de Souza, representante regional da Funarte, funcionários que estavam na instituição e se recusaram a sair do local chegaram a ser ameaçados de ser arrastados para fora.
Segundo Antonio Grassi, em nenhum momento da ocupação houve intenção de diálogo por parte dos artistas. Grassi se oferece a ser interloctor entre a classe e o Congresso. Segundo ele, os artistas erraram o alvo ao ocupar a Funarte. “Todas as reivindicações da classe dizem respeito ao Congresso.”
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