Almeida Prado nasceu em Santos, em 1943. Sua carreira, como ele mesmo definia, começou em 1952, época de “obras sem estrutura consciente” que durou até o início da década de 60. Vieram, então, os anos de estudo com Camargo Guarnieri, sob a influência da estética do nacionalismo pregado por Mário de Andrade.
Nos últimos anos, as obras de Almeida Prado reforçavam o caráter de síntese de diversas tendências. O mais importante, no entanto, foi a maneira como ele as fez dialogar em seu trabalho. Ao utilizar diversas ferramentas composicionais, adquiridas ao longo de toda a carreira, ele vinha refinando cada vez mais uma linguagem extremamente pessoal, o que fica evidente, por exemplo, nos Estudos Sobre Paris, estreada pela Osesp no ano passado, ou mesmo nas Variações Sinfônicas, escritas para o Festival de Inverno de Campos de Jordão em 2005, ano em que atuou como compositor residente do evento.
No próximo fim de semana, um concerto em sua homenagem será realizado pela Sinfônica de Santo André. Sob regência do maestro Carlos Moreno, genro do compositor e titular da orquestra, será interpretada a sua Sinfonia dos Orixás, peça-chave na literatura sinfônica brasileira, escrita nos anos 80 para a Orquestra Sinfônica de Campinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário