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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

No escurinho do Cinema


Duas estréias marcam o final de semana nos cinemas de Garanhuns. A primeira é o filme Encontro Explosivo com Tom Cruise que interpreta o personagem Roy Miller, um agente que guarda consigo uma bateria especial, que jamais descarrega. O objeto é cobiçado pelo governo dos Estados Unidos, que enviou o agente Fitzgerald (Peter Sarsgaard) para obtê-lo, e Antonio (Jordi Mollà), um perigoso bandido espanhol. A outra estréia é direcionada para o público infantil. Trata-se de Meu Malvado Favorito. Gru (Steve Carell) é um supervilão que duela com Vector (Jason Segel) para ter o posto de o mais malvado. Para vencer a disputa, ele decide roubar a Lua. Só que terá que enfrentar três órfãs, que estão sob os seus cuidados e não podem ser abandonadas. Todos ao cinema então.

Festival de Duos de Garanhuns começa hoje.


Começa hoje mais um evento que promete ser um dos melhores já realizados na cidade. Trata-se do Festival de Duos que vai acontecer todas as Sextas-Feiras deste mês de Agosto. Neste período, grandes talentos da música instrumental estarão se revezando em apresentações que acontecerão sempre no Teatro Luiz Souto Dourado do Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante. A iniciativa é da Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura, Página 21 e Funcultura. Na abertura do Festival teremos hoje apartir das 20h. as apresentações dos músicos Marco Cesar no Bandolim e Fernando Cesar no Violão de Sete Cordas.

Conheça um pouco da histórias desses dois músicos:
" O bandolinista Marco César é professor do Conservatório Pernambucano de Choro, integrante e fundador do Conjunto Pernambucano de Choro, atuou em apresentações no Brasil e no exterior ao lado do multi-artista Antônio Nóbrega e como solista da Orquestra Sinfônica do Recife. Já Fernando César Vasconcelos Mendes carioca de nascimento, César, como é mais conhecido, violão de sete cordas e sua trajetória musical se confunde com a de seu irmão, Hamilton de Holanda. Eles começaram a tocar, ainda crianças, incentivados pelo pai, José Américo (violão de seis cordas).
O blog indica o show prá você começar bem o final de semana. A entrada é franca gente, vamos prestigiar.


Marco César o 1º da esquerda

Fernando César


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sábado tem Teatro de Rua em Garanhuns


Quem gosta de Teatro de Rua, terá no próximo Sábado a oportunidade de assistir o espetáculo "Ato" a ser encenado pelo Grupo Magiluth. A apresentação está marcada para acontecer ao meio-dia no Espaço Cultural Luiz Jardim no centro da cidade.

O espetaculo "Ato" relata o encontro de quatro personagens num universo inóspito no qual as boas condiões de vida e a esperança em dias melhores estão escassas. Na busca por “sombra e água, o jogo de poder e o sadismo entram em cena, por estes homens aprisionados no tempo, amarelados, esquecidos. Lançando mão de uma linguagem gestual e unindo conceito, técnica e poesia, "ATO" busca um trabalho de interpretaão baseado na arte do clown aliado a influencias visuais expressionistas de desenho animado e quadrinhos, construindo assim a ótica do palhaço que brinca com suas próprias mazelas dando-lhes um corpo lúdico e poético.

O grupo Magiluth surgiu em 2004 no curso de Artes Cênicas da UFPE. Hoje, com dois espetáculos profissionais, vem trilhando um trabalho de pesquisa e experimentaão constante na cena teatral recifense. ATO recebeu o prêmio de Melhor Espetáculo e Melhor Maquiagem no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2009, em Recife. E também participou dos principais festivais nacionais, passando por: Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Maranhão, Fortaleza, Salvador.

Essa circulaão só é permitida graças ao premio Artes Cênicas na rua da Funarte que tem o objetivo de “apoiar grupos, companhias ou artistas viabilizando a realizaão de projetos de montagem ou circulaão de espetáculos, performances cênicas ou intervenões, que busquem, nas apresentaões de rua, um novo significado para o espaço público, assim como o registro e memória de suas atividades”..

O elenco é formado por: Giordano Castro, Pedro Wagner, Lucas Torres, Thiago Liberdade
Direão: Júlia Fontes e Thiago Liberdade
Direão de produão: Pedro Vilela

Vídeo: Thiago Lira

Realização: Grupo Magiluth



Confira algumas cenas da peça.




E N Q U E T E


Nestes tempos de eleições onde muitos assuntos e temas são discutidos e debatidos pela sociedade e por candidatos, o blog quer saber de voce, que gráu de comprometimento com a Cultura local voce acha que tem os nossos postulantes a uma cadeira na Assembléia legislativa de Pernambuco. Vote e participe desta enquete.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dominguinhos fatura mais um prêmio de música

O conterrâneo Dominguinhos foi proclamado hoje como vencedor da 30ª edição do prêmio Shell de música. Uma premiação justa e de reconhecimento para quem tanto tem feito pela música brasileira. Como aluno exemplar de Luiz Gonzaga, José Domingos de Moraes tem trilhado sua carreira mirando-se nos ensinamentos do velho mestre. Dominguinhos a exemplo de Luiz Gonzaga, tem se preocupado em deixar o seu legado para jovens sanfoneiros, que terão a missão de no futuro continuar colaborando com a continuidade e evolução do bom forró. O prêmio conferido a Dominguinhos não tem como não nos encher de orgulho, afinal o mesmo nunca negou suas origens e sempre fala com muito orgulho da cidade onde nasceu. Festejemos este momento impar e vida longa ao Rei Dominguinhos. O blog lhe oferece uma viagem por diversas fases do maior safoneiro do Brasil.

Festa literária internacional de Paraty começa hoje


Tem início nesta quarta-feira, a edição 2010 da Festa Literária interária Internacional de Paraty. Até o próximo Domingo a cidade localizada no litoral fluminense, deverá receber um público superior a 25 mil pessoas que irão em busca das novidades do mundo da literatura. Lançamentos de livros e palestras com renomados escritores fazem parte da programação. Confirmaram presenças este ano na tradicional festa do livro, nomes como: Robert Crumb Papa das HQs undergrounds norte-americanas, Gilbert Shelton - autor dos "Freak Brothers", Salman Rushdie além da chilena Isabel Allende, sobrinha do presidente deposto após o golpe militar de 1973 no Chile Salvador Allende, vai lançar seu novo livro, “A ilha sob o mar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Site lista 30 livros que devem ser lidos antes dos 30 anos


O site DivineCaroline fez uma lista dos 30 livros que devem ser lidos antes dos 30 anos.

A publicação diz que na internet as pessoas passam cada vez mais tempo com leituras online, mas que há clássicos que não podem ser substituídos para a compreensão do mundo.

Veja a lista:

1 - Sidarta, de Hermann Hesse
2 - 1984, de George Orwell
3 - O Sol é Para Todos, de Harper Lee
4 - Laranja Mecânica, de Anthony Burgess
5 - Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway
6 - Guerra e Paz, de Leon Tolstoi
7 - Os Direitos do Homem, de Tom Paine
8 - O Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau
9 - Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez
10 - A Origem das Espécies, de Charles Darwin
11 - The Wisdom of the Desert, de Thomas Merton
12 - O Ponto da Virada, de Malcolm Gladwell
13 - O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame
14 - A Arte da Guerra, de Sun Tzu
15 - O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien
16 - David Copperfield, de Charles Dickens
17 - Four Quartets, de T.S. Eliot
18 - Ardil-22, de Joseph Heller
19 - O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
20 - O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger
21 - Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski
22 - O Príncipe, de Nicolau Maquiavel
23 - Walden, de Henry David Thoreau
24 - A República, de Platão
25 - Lolita, de Vladimir Nabokov
26 - A Arte de Fazer Acontecer, de David Allen
27 - Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie
28 - O Senhor das Moscas, de William Golding
29 - As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
30 - O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgak

Bonus:
Como cozinhar de tudo, de Mark Bittman
Honeymoon with My Brother, de Franz Wisner

Você já começou a ler?

Como surgiu ? O que significa ?


À BEÇA

O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos, que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

Bienal do Livro deve receber público record este ano


A organização da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se realiza de 12 a 22 de agosto, quer atrair 700 mil visitantes para a edição 2010 - entre eles, 200 mil crianças. Para tanto, foram convocados 200 convidados que circularão pelo Anhembi durante os 11 dias do terceiro maior evento do gênero no mundo, apresentado oficialmente à imprensa ontem, no Hotel Tívoli Mofarrej, na região central da capital paulista.

Entre os convidados estarão escritores brasileiros como Moacyr Scliar, Lygia Fagundes Telles, Carlos Heitor Cony e Zirado; estrangeiros, como Dacre Stoker, sobrinho-bisneto do irlandês Bram Stoker, autor de Drácula, e a iraniana Azar Nafisi, a escritora de Lendo Lolita em Teerã; atores como Regina Duarte e Paulo Goulart, que farão leituras interpretativas de textos literários em um palco; jornalistas como Alberto Dines e Caco Barcellos e humoristas como Rafael Cortez e Hélio de La Peña, que integram a programação de espaço reservado à discussão de temas que envolvem a juventude.

A feira, que ocupará um espaço equivalente a 10 campos de futebol, tem sua 'espinha dorsal', conforme denomina a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que realiza o evento, Rosely Boschini, em Clarice Lispector, Monteiro Lobato, na Lusofonia e no Livro Digital, e o primeiro dia aberto ao público, por ser uma 'sexta-feira 13', terá programação especial sobre 'vampiros' - razão pela qual Stoker foi convidado para falar da Eternidade de Drácula.

Djavan Lança CD apenas como intérprete.


Nas lojas na segunda quinzena de agosto de 2010 pela gravadora Biscoito Fino, o primeiro disco de Djavan como intérprete, Ária, reúne músicas como Oração ao Tempo (Caetano Veloso), Palco (Gilberto Gil), Apoteose ao Samba (Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola) e Luz e Mistério (Caetano Veloso e Beto Guedes). Eis, na ordem, as 12 faixas de Ária, que apresenta tema de Luiz Gonzaga (1912 - 1989), Treze de Dezembro, em uma gravação instrumental:

1. Disfarça e Chora (Cartola e Dalmo Castello)
2. Oração ao Tempo (Caetano Veloso)
3. Sabes Mentir (Othon Russo)
4. Apoteose ao Samba (Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola)
5. Luz e Mistério (Beto Guedes e Caetano Veloso)
6. La Noche (Enrique Heredia Carbonell e Juan Jose Suarez Escobar)
7. Treze de Dezembro (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) - instrumental
8. Valsa Brasileira (Edu Lobo e Chico Buarque)
9. Brigas Nunca Mais (Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
10. Fly me to the Moon (Bart Howard)
11. Nada a nos Separar (Wayne Shanklin em versão de Romeo Nunes)
12. Palco (Gilberto Gil)

Raimundo Carrero vence prêmio literário em São Paulo



Com o livro, A minha alma é irmã de Deus publicado no ano passado, o escritor pernambucano natural de Salgueiro, Raimundo Carrero conquistou ontem a terceira edição do prêmio São Paulo de literatura na categoria de melhor livro do ano. O filho do Mestre Jaime da bicharada, desbancou escritores como: Chico Buarque, Paulo Rodrigues, João Ubaldo Ribeiro e Bernardo Carvalho, que também concorriam ao prêmio. O resultado foi divulgado em cerimônia realizada ontem a noite, no Museu da Língua Portuguesa na capital Paulista. Por essa conquista, Raimundo Carrero receberá um prêmio de R$ 200 mil Reais concedido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Mais importante que o valor monetário da conquista, é o valor histórico que o fato representa para a literatura do estado de Pernambuco.
Errata: Coloquei anteriormente que o nobre escritor Raimundo Carrero sería natural de Serra Talhada. Na verdade o ex-presidente na Fundarpe é nascido na simpatica cidade de Salgueiro. Foi só uma questão geográfica. Agradecemos a observação do Amigo Sandro Gama para a correção que já foi feita.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como surgiu? O que significa ?


TIRAR O CAVALO DA CHUVA

No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

Um rei nas estrelas. Um rei não morre...




Casos de Lua

Luiz “Lua” Gonzaga, foi um sujeito de pavio curto, irascível. Um homem mandão, coronelesco, e paradoxalmente generoso, amigo, solidário. Enfim, dono de uma personalidade complexa, que nenhuma dos seus biógrafos analisou com maior profundidade. Isto se deve ao fato de consultarem mais parentes próximos, conferir entrevistas, e deixar em segundo plano quem mais convivia com ele no dia a dia: músicos, amigos e compositores. Afinal, Gonzagão passava meses fora de casa, rodando pelo Brasil, patrocinado por empresas como o Colírio Moura Brasil e Banorte. Foi, provavelmente, o artista brasileiro que mais foi até onde o povo estava. Raros foram os municípios do país não visitados por ele. Rara também a cidade na qual ele não tivesse um “compadre”. Nessas andanças não foram poucos os “causos” acontecido com Gonzagão grande parte sem registro em livros. Vamos a alguns.

"O Compadre "

Conta Marcelo Melo, do Quinteto Violado, que fez muita excursão com “seu” Luiz, que certo dia eles iam tocar no interior de São Paulo, e mal entraram na cidade, Luiz Gonzaga mandou que o motorista do ônibus se dirigisse a uma determinada rua onde morava um dos "compadres" dele. O ônibus parou em frente à casa do compadre que, quando viu Luiz Gonzaga perguntou: “Oi, Luiz, o que é que tás fazendo por aqui?!” Luiz Gonzaga respondeu, na bucha: “Vinha fazer um show”. E o compadre, estranhando: “Vinha? Não vai fazer mais não? Por quê?” E o irascível Rei do Baião: “Ôxe, se tu, que é meu compadre, não sabe sobre o show, que dirá o povo! Não vai dar ninguém, e eu vou embora”.

"A Voz do Dono "

Em 1973, Luiz Gonzaga ia casar a filha Rosinha, mas o dinheiro estava curto. A saída foi pedir um adiantamente à RCA, onde estava desde os anos 40. O novo presidente da empresa, um tal Mr. Evans, negou o adiantamento. Gonzagão irritou-se e foi falar pessoalmente com o gringo. Chegou no andar da presidência, foi barrado pela secretária. A iritação virou fúria: “PQP, há mais de 30 anos trabalho na RCA, e só vejo o cachorro, nunca o dono! (o cachorro no caso era o cãozinho latindo para um gramofone, no logotipo da RCA). Dito isto, emburacou no gabinete de Mr. Evans, e pediu rescisão de contrato. Quem lhe conseguiu o adiantamente e um contrato na Odeon, foi o também pernambucano Fernando Lobo (pai de Edu Lobo). Ironicamente, foi o mesmo Fernando Lobo quem havia proibido Luiz Gonzaga de cantar na Rádio Tamoio, da qua era diretor, alegando que ele havia sido contrato como sanfoneiro, portanto só podia tocar sanfona.

"O Reggae "

José Oliveira, mais conhecido por Zé da Flauta, como integrante do Quinteto Violado, nos anos 70, fez muita viagens pelo Brasil com Luiz Gonzaga, uma dobradinha musical adorada pelo povo. Mas nunca se aproximou muito de “seu” Luiz, porque este raramente abria a guarda. Uma vez, na estrada, Zé da Flauta notou que Gonzagão tamborilava com os dedos no braço da poltrona do ônibus, acompanhando um reggae de Bob Marley, que tocava no som-ambiente. “Quando a música terminou, eu tentei puxar assunto: e aí, seu Luiz gostou do reggae?”. Luiz Gonzaga voltou-se para ele, com o jeito meio abusado característico, e respondeu: “Que régue, que nada! Isto é só um xote metido a besta!”

"Recolhe Disco "

De passagem para o Exu, Gonzagão fez uma visita a Onildo Almeida para mostrar seu novo LP. Onildo olhou o disco, e notou um erro na capa: “Comigo ele nunca ficava brabo não. Costumo dizer tudo na cara, e fiz isso naquele dia. Olhei pra ele e falei: Luiz me admiro você, um nordestino, que sabe tudo do Nordeste, deixar que botem um título deste na capa do disco: “De fiá pavi”. Gonzagão pegou o álbum, olhou pra capa, para Onildo e questionou: “Que é que tem de errado?” E Onildo: “Mas, homem, a expressão é de fi a pavi (de fio a pavio, equivalente a de cabo a rabo). Onildo conta que quando Gonzagão se deu conta do erro, ligou para a gravadora a fim de que os LPs fossem recolhidos. Não foram, já estavam distribuídos pela lojas Brasil afora. Até hoje o álbum continua com o título, que não significa absolutamente nada.

"Errado Até o Fim "

Sérgio Gonzaga, filho de Chiquinha Gonzaga, única irmã de Gonzagão que se tornou cantora (e ainda continua na profissão, aos 82 anos), nos anos 70 trabalhou com o tio, como zabumbeiro e motorista do automóvel que o levava para shows pelo interior do Nordeste, em época de vacas magérrimas para o Rei do Baião. Uma noite, voltavam para Exu, onde Gonzaga já havia montado casa, no hoje parque Aza Branca (com Z mesmo). Acontece que há dois caminhos para chegar à cidade. Um deles, que passa por Bodocó, alonga o trajeto em 60 quilômetros. Sonolento, Sérgio Gonzaga pegou o caminho errado. Quando notou, já havia dirigido uns dez quilômetros. Respirou fundo, tomou coragem e falou, “Tio, peguei o caminho errado. Volto?” E Gonzagão, sem nem sequer olhar pra ele: “Não. Agora vai errado até o fim!”

"Fiscal Fuleiro "

Luiz Gonzaga, instrumentista intuitivo, músico desde menino, aprendendo de ouvido, não tinha a menor paciência com os burocratas da ordem dos músicos. Certa vez, nos estúdios da RCA, no Rio ameaçou bater num fiscal que lhe exigia a famigerada carteirinha da ordem. Não se sabe como o fiscal entrou no estúdio. Quando Gonzagão entendeu o que ele queria, e que o sujeito ameaçava parar a gravação se não visse as carteiras da ordem, Gonzagão correu atrás dele. Acuado num canto da sala, o fiscal afinou: “Seu Luiz, pelo amor de Deus não faça nada comigo não, Sou seu fã. Lá em casa tem até um pé de laranja que tem seu nome!”

"Fiscal Fuleiro 2 "

Outro episódio com fiscal da Ordem dos Músicos aconteceu em Arcoverde, no Agreste pernambucano. Quem conta o caso é Arlindo dos Oito Baixos, sanfoneiro que acompanhou Luiz Gonzaga em shows pelo Nordeste durante 18 anos. “A gente ia tocar em praça pública, em cima de um caminhão. Quando seu Luiz ia subindo um rapaz falou com ele. Queria ver a carteira da ordem”. O que Gonzagão mostrou ao rapaz foi um gesto universal. Estendeu-lhe a mão, com o dedo médio em riste e foi curto e grosso: “Aqui pra tu, ó!”

"Antes Só "

A pior fase na carreira de Luiz Gonzaga, ao menos em termos econômicos, aconteceu nos anos 70. Curiosamente, depois do show Volta pra curtir, no Rio, a sua redescoberta pela classe média urbana, que só o curtiu mesmo durante alguns meses. Depois disto, seu Luiz teve que retornar para os grotões sertanejos, onde estava o povão que nunca o esqueceu, no meio do qual nunca deixou de fazer sucesso.
Era comum, por volta de 1974, 75, Luiz Gonzaga viajar sem conjunto. Apenas com a sanfona. Ivan Bulhões, que apresenta um programa de forró, na Radio Jornal, de Caruaru (antiga Rádio Difusora) há 45 anos (o mais antigo do gênero), teve sua época de produtor, inclusive agenciando shows de Gonzagão. Uma noite, ele foi esperar o Rei do Baião na rodoviária da cidade, nesta época ainda no Centro. Seu Luiz desceu do ônibus sozinho, com o instrumento a tiracolo. Querendo agradá-lo Bulhões falou: “Sozinho, seu Luiz?” A resposta: “Antes só que mal acompanhado!”

"Eu Sou o Forró "

Ainda Ivan bulhões. Ele conta que em meados dos anos 70 contratou um show para Luiz Gonzaga, numa cidade no interior da Paraíba. Um show em praça pública. Depois da apresentação, ele foi convidado pelo prefeito para o clube da cidade, onde acontecia uma festa. Lá pras tantas, pediram que Luiz Gonzaga desse uma canja, coisa que ele raramente aceitava fazer. Mas daquela vez pegou sua sanfona e cantou de graça. Os casais todos dançando o melhor forró do mundo, e nem aí para Gonzagão. Ele notou que ninguém dava a mínima para ele, ninguém o olhava. Em dado momento, perdeu a paciência. Deesceu do palco: “Ô bando de fi duma égua, tão ligando pra mim não é? Pois saiba que quem inventou isso fui eu, o baião, o xote, o xamego...” E se foi, porta afora.

Material extraído do site Umbuzada

Viva o Festival de Duos


Chega em boa hora a realização do Festival de Duos em Garanhuns. A novidade foi anunciada no último final de semana pela secretária de Turismo Gabriela Valença. Esta reunião de músicos, só vém reforçar a tendência que nossa cidade detém em sediar grandes eventos musicais. O festival vai acontecer durante todo este mês de Agosto, sempre as sextas-feiras, com concertos no Teatro Luiz Souto Dourado com entrada franca. Os amantes da boa música instrumental, receberam a notícia com muito entusiasmo, o que vém a demostrar que as apresentações, terão público garantido. Estão juntos nesta iniciativa, a Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura, Página 21 e Funcultura. Conheça toda a programação que já começa na próxima sexta-feira dia 06.

6 de agosto de 2010 – 20h.
Marco Cesar – Bandolim.
Fernando Cesar – Violão de Sete Cordas.

13 de agosto de 2010 – 20h.
Décio Rocha – Contra baixo.
Sergio Cassiano – Percussão.

20 de agosto de 2010 – 20h.
Fagundes – Gaita.
laudio – Rabeca.

27 de agosto de 2010 – 20h.
Cesar Michiles – Flauta transversal.
Cacai Nunes – Viola de Dez Cordas (Caipira).